No segundo dia de competições da Paralimpíada de Paris, a primeira medalha de ouro de representantes do Grande ABC saiu. Disputada na manhã desta sexta-feira (30), Júlio Cesar Agripino, natural de Diadema, venceu a prova de 5.000m da classe T11 (atletas com deficiência visual total) e ficou com a medalha de ouro. A segunda do Brasil na Paralimpíada. De quebra, o atleta de 33 anos ainda bateu o recorde mundial, com um tempo de 14min48s85.
Liderando a prova durante praticamente todo o percurso, Júlio mostrou uma boa preparação física. Ele preservou o fôlego no começo, mas logo aumentou o ritmo e nas voltas finais acelerou a velocidade para vencer a corrida. Essa foi a primeira medalha paralímpica na carreira do atleta. Até então, o melhor resultado alcançado pelo brasileiro havia sido a medalha de ouro nos 1.500m e a medalha prata nos 5.000m, ambas no Mundial de Kobe, em 2023.
Diagnosticado com ceratocone (doença degenerativa da córnea) aos sete anos, Agripino iniciou como atleta convencional no atletismo e migrou para a equipe paralímpica por meio dos treinadores do Centro Olímpico. Desde então, ele disputa na Classe 11. Para vencer a prova, o diademense teve que superar o compatriota e campeão mundial Yeltsin Jacques, que com um tempo de 14min52s61 ficou com o bronze, fazendo a dobradinha brasileira no pódio. Kenya Karasawa, do Japão, ficou com a prata alcançando a marca de 14min51s48.
Agripino ainda terá a chance de conquistar mais um ouro. O atleta volta às pistas em Paris na próxima segunda-feira (2) para a prova dos 1.500m, modalidade na qual ele é o atual campeão mundial. Até o momento, na Paralimpíada de Paris, o Brasil conquistou seis medalhas, sendo duas de ouro, uma de prata e três de bronze.
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