A Justiça Eleitoral investiga o candidato a prefeito de Diadema, Taka Yamuchi (MDB), por disseminar fake news sobre as urnas. Em live realizada no dia 23 de setembro Taka afirmou que "não pode deixar a falcatrua das urnas ocorrer mais uma vez, igual aconteceu em 2020”. Na ocasião, Taka perdeu a disputa do segundo turno para o atual prefeito e candidato à reeleição, José de Filippi Júnior (PT).
A investigação atende a dois pedidos, um da coligação Tamo Junto Diadema (processo número 0600107-09.2024.6.26.0329) e outro da campanha do candidato Márcio da Farmácia (Podemos/processo número 0600107-09.2024.6.26.0329). No pedido impetrado pela Coligação Tamo Junto Diadema, o juiz Sergio Augusto Duarte Moreira deferiu liminar em que determina a exclusão do conteúdo que promove a fake news das plataformas digitais de Taka.
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Taka comete o mesmo crime. Bolsonaro questionou diversas vezes a segurança das urnas e a integridade do sistema eleitoral brasileiro. O ex-presidente chegou ao ponto de alegar que venceu a eleição de 2018 no primeiro turno, muito embora o pleito tenha sido decidido apenas no segundo turno. Em diversas ocasiões, ao longo do seu mandato, ele refez os questionamentos, sem nunca apresentar orovas.
Foi um desses ataques que fez com que ele ficasse inelegível. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entendeu que Bolsonaro cometeu abuso de poder ao realizar reunião com embaixadores dentro do Palácio do Planalto, em 2022, em que fez série de ataques ao sistema eleitoral brasileiro. “Não há democracia sem o Poder Judiciário independente. Os ataques não tinham razão de ser, a não ser desqualificar a Justiça Eleitoral, o próprio Poder Judiciário e atacar a própria democracia“, disse Cármen Lúcia, durante o julgamento realizado em 2023.
*Histórico de derrotas*
Às vésperas da eleição de 2024, Taka Yamauchi coleciona uma série de derrotas na Justiça Eleitoral. Ele já perdeu uma ação em que tentava censurar postagem da Juventude do PT no Instagram, também foi derrotado ao tentar censurar o candidato Márcio da Farmácia e o candidato a vice-prefeito Rubens Cavalcanti, que expuseram em suas redes sociais a tentativa de Taka de forjar um atentado, e foi condenado e multado duas vezes por propaganda eleitoral antecipada.
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