TAKA: UM TIRO NO ESCURO

A realidade é que os fracos resultados apresentados durante a atual gestão pelo prefeito José de Filippi Júnior, somados as muitas promessas não cumpridas e a elevada rejeição provocada principalmente pela cobrança da taxa de lixo na conta de água fizeram com que fosse criado um cenário de “terra arrasada” propício para que aventureiros alcancem o poder e foi exatamente isso que aconteceu em Diadema-SP.

Pois o candidato eleito prefeito além de não ter apresentado ao longo da sua trajetória qualquer realização ou trabalho relevante realizado na cidade, também não teve interesse em contribuir para o desenvolvimento do município já que poderia ter utilizado o capital político conquistado nas eleições anteriores para articular emendas parlamentares a fim de melhorar a qualidade de vida da população. E deve-se destacar o fato dele ser inexperiente politicamente já que nunca havia sido eleito para qualquer cargo eletivo, além de possuir uma curta e problemática experiência administrativa visto que durante os 4 anos em que exerceu o cargo de Secretário de Obras em Ribeirão Pires-SP (de acordo com informações apuradas pela imprensa local e depoimento do ex-prefeito de RP Clóvis Volpi) realizou uma péssima gestão. E isso decorreu do fato de não ter conseguido concluir as obras do Hospital Santa Luzia (mesmo tendo assumido as obras num estágio de 60% de execução) e também por ter falhado na execução de outras obras importantes como as do Boulevard Gastronômico e  da UBS do Parque Aliança que ele não deu andamento  e dessa forma o local acabou ficando abandonado a ponto de ter se tornado um abrigo para usuários de drogas.

No mesmo sentido, sua curta experiência de apenas 1 ano e meio no cargo de diretor-presidente da SPOBRAS também foi marcada por muitos escândalos pois nesse curto período houve 223 obras realizadas sem licitação e para piorar Taka se tornou réu perante a justiça em 3 processos sob a acusação de ter fraudado licitações públicas com o objetivo de favorecer empresas pertencentes a amigos do prefeito da capital Ricardo Nunes.

Diante desses fatos, a conclusão inevitável é a de que a experiência administrativa do futuro prefeito não é nada auspiciosa. E ainda piores do que ele são as figuras públicas que o acompanharam durante o período eleitoral, que são conhecidos por terem fracassado quando atuaram em governos anteriores.

A propósito, dentre essas figuras que trazem péssimas recordações à população de Diadema se destaca o braço direito de Taka: Antonio Marcos Zaros Michels, mais conhecido como Marcos Michels, o qual além de  ter sido o pior secretário de Educação da história do município também realizou uma gestão desastrosa na Câmara Municipal de Diadema no período em que presidiu aquela instituição (durante o biênio 2017-18) e teve 2 contas anuais julgadas irregulares pelo TCE-SP. Cabe ressaltar que além da enorme incompetência administrativa, Marcos Michels também flertou com a ilegalidade quando burlou o sistema de Controle Interno da Câmara Municipal de Diadema (fato reconhecido pelo TJ-SP) em razão daquele Sistema de Controle ter identificado e encaminhado ao conhecimento dos órgãos de fiscalização e controle externo as diversas irregularidades que aconteceram durante o período de sua presidência a frente do legislativo diademense.

Diante desse cenário, muitas pessoas estão preocupadas com o futuro da prefeitura de Diadema nos próximos anos e por isso torcem para que o futuro prefeito monte um secretariado composto por pessoas de perfis totalmente distintos daqueles que participaram da campanha eleitoral, pois insistir com aqueles que geraram maus resultados em gestões passadas, além de ser pouco inteligente será a garantia do fracasso.

Por fim, desejamos muita sorte à população nos próximos 4 anos a fim de que não seja alvejada pelo “tiro no escuro” disparado nas urnas no dia 27/10/24.

Anderson Nunes é economista, especialista em políticas públicas e contribui eventualmente redigindo artigos para o grupo ABC NEWS.