O prefeito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), enterrou sua principal promessa de campanha: revogar a Taxa do Lixo. Durante agenda com o deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, Taka foi questionado se cumpriria o que havia dito durante toda a eleição, de acabar com o imposto, e avisou que a Taxa do Lixo seguirá ativa na cidade, com cobrança no carnê do IPTU.
“A gente sabe que a Taxa do Lixo é uma condição que está ligada à Constituição. Revogar é renunciar impostos”, declarou Taka, após reunião com Paulinho da Força, realizada na tarde desta quinta-feira, no gabinete da Prefeitura.
A fala contrasta - e muito - com os discursos de Taka na pré-campanha e na campanha eleitoral. Já em 2023, Taka liderou movimento pedindo a revogação do tributo. Naquele ano, passou a valer medida implementada pelo governo de José de Filippi Júnior (PT) para vincular a Taxa do Lixo ao consumo de água.
Taka andava pela cidade, junto de seus aliados, com camiseta cobrando o fim da Taxa do Lixo. Em série de vídeos postados em suas redes sociais, Taka dizia que o tributo era injusto e que, se fosse eleito, iria revogar a cobrança.
Criada na cidade nos anos 1990, a Taxa do Lixo foi vinculada à conta de água até novembro do ano passado, quando o ex-prefeito Filippi decidiu retomar a cobrança original, no IPTU, alegando que a Sabesp, que deveria cuidar da base de clientes que receberiam o tributo, não fazia gestão adequada dos dados, provocando distorções nos valores.
A cobrança do tributo está ligada ao Marco Legal do Saneamento, legislação sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2020, que prevê que os municípios tenham mecanismos de arrecadação dos valores que gastam com a coleta e destinação final de resíduos sólidos.
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