A proposta de reforma administrativa proposta pelo Presidente da Câmara de São Bernardo do Campo, Danilo Lima, gerou diversos questionamentos e dúvidas entre os vereadores, especialmente para o parlamentar José Aurélio Bacelar de Paula, o Aurélio (Podemos), que fez declarações desencontradas em entrevista.
O vereador do Podemos chegou a afirmar à imprensa que seriam criadas subsecretarias, mas, na verdade, o que está previsto são secretarias, como explicou o presidente da Casa. "Serão secretarias, mas não temos essa definição ainda. Caso continuemos com o projeto, vamos verificar quantas serão necessárias para o melhor andamento da Câmara", disse Lima.
Outro ponto que deixou Lima perplexo foi a abordagem sobre comissionados, quando, na realidade, segundo o presidente, não há nada relacionado a comissionamento. "Não tem nada formulado ainda. Acontece que a imprensa teve acesso a um documento que não é oficial, ou recebeu informações erradas. Porque não há nada que fale sobre comissionamento. Se for criada, o modelo inicial será com os próprios servidores da Câmara. Por isso, digo que está havendo um grande desencontro de informações", alertou.
O vereador José Aurélio Bacelar de Paula (Podemos) se mostrou totalmente contra o projeto e afirmou que ele prejudicará a Casa Legislativa. "É um projeto centralizador, com o qual eu, como 1º secretário da Mesa Diretora, e alguns vereadores, não concordamos. Esse projeto criará sete subsecretarias [sic], nas quais os procuradores vão responder por esses subsecretários [sic], que serão nomeados pelo presidente. Assim, enfraquece a Casa. Na minha visão, é um projeto inconstitucional", afirmou.
O vereador e presidente Danilo Lima disse respeitar a posição de Aurélio, mas pontuou que ele não entendeu a reforma. "Eu respeito a posição do vereador Aurélio, mas talvez ele não tenha entendido corretamente a reforma. Vou parar para explicar para ele, claro, e tirar todas as dúvidas que ele tiver. E se ele quiser sugerir ideias, serão bem aceitas, desde que contemplem a legislação", afirmou Lima.
Lima ressaltou a importância de estudar os apontamentos e reforçou que muitas das questões questionadas pela imprensa nem estão no projeto. "A ideia é estudar todos os apontamentos, explicá-los para os colegas vereadores e mostrar que, além de ser um benefício para a Câmara, estamos atendendo a questionamentos internos para seguir a legislação. E, em seguida, colocaremos o projeto para votação. Reforço que vocês (imprensa) estão me perguntando sobre algo que nem no esboço da reforma está", disse o presidente.
Na visão do parlamentar Aurélio, o melhor caminho seria a realização de concurso público. "Tem que trazer mais concursados para a Câmara. Temos apenas 52 servidores concursados, esse é o caminho. Assim, o projeto não teria problemas, pois seriam pessoas neutras e o presidente não teria autonomia sobre elas. E essa questão ainda não foi proposta para nós", finalizou.
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