Uma constante prática irregular no trânsito por parte de motoristas e motociclistas vem causando uma preocupação aos moradores que circulam pelos cruzamentos da Avenida do Taboão com a Avenida 31 de Março e Avenida Helvétia, em São Bernardo do Campo. De uns anos para cá vem crescendo o número de veículos que furam o farol vermelho nesses pontos, colocando em risco não só a própria vida, mas como a vida de pedestres.
A prática se torna ainda mais preocupante e liga um sinal de alerta por conta de jovens e crianças, que precisam utilizar esse trajeto para chegar às escolas existentes no bairro. Sem falar dos idosos, que precisam circular pelo local para chegar até o mercado existente na região e podem ser surpreendidos na travessia das vias. Inclusive, no início do ano, houve um acidente entre veículos no cruzamento das Avenidas do Taboão e 31 de Março, ocasionando o capotamento de um dos carros.
De acordo com o diretor do Departamento de Trânsito do município, Evanilton Ferrari, a falta de educação no trânsito vem crescendo, fazendo com que essas infrações aconteçam. “Não é o único lugar. Na verdade, muitos lugares as pessoas estão, infelizmente, cometendo esse tipo de infração. Só há uma coisa que tem um efeito efetivo. É a instalação de radar de avanço de semáforo, para que a pessoa respeite o radar. É difícil de controlar se a motocicleta vai respeitar isso. Sempre é mais complicado com a motocicleta. Mas é a única possibilidade”, disse o diretor ao Portal ABC News durante a assinatura da ordem de serviço para a implantação da Faixa Azul na Avenida 31 de Março.
Ele ressaltou ainda que para fazer este tipo de instalação se faz necessário realizar um estudo de avaliação no ponto indicado. “Tem que ter um estudo técnico que avalie a quantidade de acidentes e fazer uma contagem para ver o desrespeito. Porque todo radar quando é instalado, é obrigatório fazer este tipo de trabalho para que se explique a razão pelo qual ele está sendo colocado. Então, se faz esse trabalho e se for necessário, a única saída é fazer isso”, explicou Ferrari.
Para que se possa dar andamento a esse estudo, é preciso que a população também colabore comunicando o departamento sobre o que tem ocorrido no local. “Se começar a chegar muita reclamação dos lugares, aí vai ser feito essa avaliação. Não temos dados de acidentes que justifique ainda. Aí faz todo esse levantamento para ver se justifica fazer. Também dependemos da população. Quando a população comunica, facilita. São muitos pontos. Então a gente vai se atentar para aquele e realizar esse trabalho técnico”, completou o diretor.
AÇÕES EDUCATIVAS NO TRÂNSITO
Pregando pela conscientização para um trânsito mais seguro, a Prefeitura de São Bernardo realizará, durante todo o mês de maio, ações educativas para a redução de acidentes de trânsito. A Campanha, que faz parte do movimento Maio Amarelo, reforça a responsabilidade de motoristas, motociclistas e pedestres na preservação de vidas. “A campanha do Maio Amarelo reforça que todos nós temos um papel a cumprir, seja ao dirigir, atravessar a rua ou pedalar. Nosso compromisso é com a vida e com a construção de uma cidade mais segura para todos. As vidas perdidas no trânsito não são números. Cada uma representa uma família, uma história interrompida”, destacou o prefeito Marcelo Lima (Podemos).
Segundo o secretário de Transporte, Mobilidade e Infraestrutura de São Bernardo, Francisco Carone, a educação e o diálogo com a população são fundamentais para promover mudanças efetivas. “A segurança no trânsito começa com a consciência de cada um. Por isso, nossas ações vão além da fiscalização: investimos em informação, escuta ativa e envolvimento dos cidadãos. A cidade só avança quando todos caminham juntos pela mesma causa”, concluiu.
A programação do Maio Amarelo em São Bernardo inclui abertura de faixas educativas e ações de panfletagem em pontos estratégicos e de grande circulação na cidade. As abordagens contam com a participação de agentes de trânsito e parceiros, que orientam a população sobre práticas como direção defensiva, respeito à faixa de pedestres, uso do cinto de segurança e equipamentos de proteção, além da valorização dos modais mais vulneráveis.
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