Alunos de Ribeirão Pires estão sofrendo com o descaso na educação

Desde que foi reeleito, o Prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), vem adotando medidas que estão prejudicando os alunos da rede de ensino da cidade. As decisões têm afetado, sobretudo, famílias de baixa renda, que não tem como arcar com certas despesas. Dentre as determinações, estão as restrições no transporte escolar gratuito e a baixa qualidade do uniforme escolar que, quando são entregues, muitas vezes estão com a numeração menor e o tecido é fino e pouco resistente.

Quem tem apontado essas questões é o ex-vice prefeito do município, Gabriel Roncon, que questiona a atual administração sobre essas tomadas de decisões. “O que o Prefeito tem contra as crianças da nossa cidade? Tirou o transporte escolar de muitas delas, não entregou os uniformes e a merenda é entregue com pão mofado e bolinho vencido. Isso não é descuido. Isso é falta de respeito com quem mais precisa. Prefeito, as crianças não são invisíveis e a população está vendo”, disse Roncon em suas redes sociais.

A moradora Judite Santos compartilhou da mesma opinião de Gabriel Roncon. “Péssimo material dos uniformes. Não é tecido para confeccionar roupas, muito menos para criança. O material do blusão é o mesmo para capa de sofá e de má qualidade. O punho não cabe o bracinho da criança. Uma falta de consideração. Uma falta de consideração com nossos pequenos”, desabafou nas redes sociais.

Além da questão dos uniformes escolares, a moradora Cinthya Machado reclamou do material escolar e informou que o problema da merenda continua. “E o material que mandaram? A cada ano decai mais. Estamos em maio e nada de uniformes. E a bisnaguinha mofada continua”, relatou ela nas redes sociais.

No início do ano, o ex-vice prefeito chegou a protocolar uma ação no Ministério Público contra o decreto referente ao programa TEG (Transporte Escolar Gratuito), publicado em dezembro do ano passado. Para ter direito ao benefício, a nova norma exige que os alunos tenham a idade mínima de 11 anos, que e a distância entre a residência e a instituição de ensino onde o aluno esteja matriculado seja de 2 quilômetros e que o mesmo more em zona rural. Procurada para comentar o caso, a Prefeitura de Ribeirão Pires não retornou até a publicação desta matéria.