Abrir uma empresa no Brasil é fácil. Às vezes, fácil até demais. Com poucos cliques, você já pode ter um CNPJ ativo em mãos. Mas é aí que mora o perigo.
O que muita gente não sabe — e ninguém te conta — é que o verdadeiro desafio vem depois da abertura. Não basta “abrir empresa” e regularizar apenas na Receita Federal. É preciso saber o que fazer com ela após isso.
Além da Receita Federal, a empresa precisa ser registrada também no Estado e no Município onde estará localizada. Em muitos casos, é necessário providenciar licenças específicas, como alvarás de funcionamento, sanitários e ambientais, dependendo da atividade.
Nesses quase 20 anos assessorando empresários de todos os tamanhos, já vi de tudo: gente que abriu o CNPJ errado e teve que mudar o enquadramento depois (e pagou caro por isso), gente que abriu como MEI sem saber que o limite de faturamento era baixo, e até casos em que o empreendedor nem sabia quais eram as suas obrigações mensais.
Muita gente acha que abrir empresa é só uma formalidade. Mas, na prática, envolve decisões que impactam diretamente no bolso, como:
Qual regime tributário adotar (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real)?
Quais atividades (CNAEs) incluir no contrato social?
Como definir o pró-labore do sócio?
Qual será a estrutura de emissão de notas, controle de vendas e de estoque?
E tem mais: abrir uma empresa sem planejamento financeiro é como dirigir no escuro. Você pode até ir em frente, mas a chance de bater em alguma coisa é enorme.
Meu conselho é simples: antes de abrir o CNPJ, converse com um contador de confiança. Alguém que te escute, entenda o que você quer construir e monte contigo o caminho mais seguro.
Abertura de empresa é o primeiro passo de uma longa caminhada. Com o apoio certo, ela pode ser bem-sucedida, lucrativa e duradoura. Sem apoio… vira estatística.
Nos vemos na próxima semana, com mais um tema que pode mudar a forma como você olha para sua empresa.
Abraço,
Yuri Braga
Mín. 13° Máx. 22°
Mín. 12° Máx. 21°
Tempo limpoMín. 14° Máx. 21°
Chuvas esparsas